Uma série de apontamentos:
- Não concordo com a expressão "ganhamos ou perdemos" câmaras. Sei que é gíria, que há coisas mais importantes, mas devia ser: fomos eleitos para os cargos que nos propusemos ou não! Ganhamos! Da-lhes mesmo ar de quem está aí pelas "oportunidades de carreira", para não ser ofensiva.
- As reações do Valentim deram-me uma ideia engraçada: os dirigentes políticos deveriam "soprar ao balão" e fazer controlo anti-dopping; já se sabe que no seu caso é tudo (anti-) natural.
- Jorge Coelho, numa tentativa de desdramatizar, dizia: o PS obteve resultados parecidos com os de 2001, resultados esses que levaram à fuga de A. Guterres!, lembram-se? (É claro que o caso não se põe nesta legislatura q ainda começa, era o que mais faltava, andarem a brincar ao "demito-me por tudo e por nada"; sejam homens, cumpram os seus desígnios).
- Manuel Maria Carrilho: «... acho que é nosso dever votar...» (eu não votaria num candidato que não tem certeza acerca da pedra basilar da democracia).
- Que eu saiba só se deve buzinar em caso de emergência, o que dizer à noite? Eu conheço gente que não aceitam que se buzine num casamento porque acham foleiro- todos de acordo-, mas essa mesma gente não se coibe de buzinar que se farta nas caravanas políticas e nas comemorações nocturnas. À quem me quiexo?
- Para saber resultados das câmaras (algumas claro, que o Menezes nem teve direito a total cobertura- será porque davam a vitória como adquirida?) é preciso estar com- muita!- atenção à t.v.- que aquilo é tudo muito confuso. Para saber os resultados da sua "freguesia" basta esperar pelas buzinadelas e vir à janela! «ouvir os cães que ladram enquanto a caravana passa».
- Quanto aos brindes, já disse, acho absolutamente desnecessários. Era bonito q todos se juntassem e decidicem que não davam nenhuns, que apenas partilhariam a sua memsagem política.
- Sou contra também o "circo que entretem o povo"- conjustos musicais, arma-se o arraial e já está-algumas delegações nem aparecem. Não há uma entidade que delimite as actividades partidárias de campanha, não deveriam ser acções de instrução?
- Abomino: aclamar dirigentes, bandeiras, palmas e cânticos; recepçõe e séquitos.
- Discursos interrompidos por vocalizações de siglas partidárias.
- Não percebo porque no domingo, numa freguesia populosa e fortemente automobilizada, onde as secções de votos estão concentradas num único local, e que detem um posto da GNR não havia quem organiza-se o trânsito/estacionamento ou estabelecessem um percurso circular de sentido obrigatório, fechando alguns sentidos nalgumas ruas. Não me levem a mal, eu acho que a GNR deve servir para coisas mais importantes que ordenar o estacionamento, mas há pequenos caos que podem ser evitados.
- Abomino que na segunda rodada de cartazes de campanha apareçam mulheres, só para mostrar a presença feminina.
Conclusões:
Situações de privilégios monetários e outros, imunidades... são resquícios daquele poder caciquista, terra-tenentista, como quiserem, de elites que não souberam limpá-lo de seus defeitos e que soube muito bem conservar suas falhas como porta de saída de emergência. Não houve ninguém que chegasse ao poder e achasse vergonhoso os balúrdios que auferem e propusessem uma redução, nem mesmo os de esquerda! Daí que o limitação de mandatos só surja agora e como forma de retirar certas figuras do poder.
Não se deveria introduzir uma obrigatoriedade de dar baixa nos cadernos eleitorais de idosos que não se possam deslocar ou que tenham capacidades para votar? Todos esses contam como abstenção?
Também não percebi, ainda, porquê numa sociedade altamente burocratizada como esta-onde o que não falta são documentos identificativos- temos de ter cartões eleitorais não deveria chegar ser maior de idade- num aparente juizo perfeito- e apresentar o B.I.- q penso ser o docuemnto máximo? Naturamente há obrigatoriedade de actualizar os dados e de ter atenção as datas de término de validade. Ainda que a obrigatoriedade de inscrição nas juntas continue a vigorar o B.I. deveria servir. Impressionante como num país com tão maus resultados na matemática se gosta de estatísticas!
Há figuras que pelo seu mediatismo não podem ser levadas à serio, o caso do M. M. Carilho, pré-conceito eu sei, mas é assim que pensa a "arraia miúda" e, é assim que trabalham os dirigentes de campanhas. Assim, o (F.) Assis não era concorrência para o (R.) Rio.
Notas "engraçadas": Sim, que isto de ficar horas agarrada a televisão para ser informada tem que ter as suas benesses...
Carilho não saber da mulher no momento dos agradecimentos.
Carrilho fazer menção à JS (com os seus rídiculos cantos) e quando o Carmona "aparece" tem a sua juventude em coro futebolístico adaptado.
Sócrates foi inteligente ao dizer que ler nas entrelinhas era oportunismo político.Os jornalistas como sempre podiam fazer melhores questões.
E pergunto:
- Pode-se usar patentes militares depois da expulsão do exército? Li q "o major" tinha sido expulso, já na altura, por situações dúbias: ficar com ganhos/sobras, comissões...
M. Q.