domingo, maio 29, 2005

Confusões lógicas de uma emigrante

Doce! Por isso não fazia sentido na minha cabeça chamarem-se Doze, quando eram só quatro.
Obrigada Cristina, cimentas-te um pouco mais a minha cultura portuguesa.
M.Q.
post Post: merda, merda, merda. Só agora reparei. Vou imbernar.

sábado, maio 28, 2005

Ainda nas canções

Estava hoje mesmo a pensar q Simone de Oliveira deveria ser anos 60. Mas 69 e 70 está próximo culturalmente e era a isso que pretendia aludir: o contexto que produziu aquelas de que mais gosto. Eu sei que houve melhores classificações, e até sabia que a Lúcia tinha sido a melhor, o q me deixa admirada porque há uma Dulce Pontes pelo meio -já sei que não depende do interprete. Vendo as imagens fiquei com pena de a RTP não ter ilustrado as roupas arrojadas das Doze que lhes retirou a vitoria, que lhes foi dada no ano seguinte com o "Bem Bom" (acho). Devo confessar que adoro aquela coreografia delas, acho fenomenal o compasso, ritmo... tudo d se enquadra, parecem tão naturais.... (que paradoxo: a naturalidade não deveria ser notada).
M.Q.

sexta-feira, maio 27, 2005

in parcialidade

Não quero nem pensar nas piadas que vão surgir se o Sporting perder mais uma Taça, agora chamada da Amizade! Se nós tivessemos um Eusébio, tinhamo-lo matado de desgosto.
M.Q.

Recados

Toda aquela febre em torno do SCP dias antes da final da taça UEFA pareceu-me salazarista, substituir a programação habitual para rever glorias antigas?! À noite sim, um pouco de cultura futebolística, mas durante o dia... O Malato e a Merche merecem as folgas. (?!)
M. Q.

Cançonetas

Festival Eurovisão, é assim? Festival da canção, já todos sabem do que vou falar.
Sou uma saudosista radical, para mim os melhores foram de facto os anos 70! Aquelas canções são maravilhosas, Paulo Carvalho e Simone de Oliveira no topo das preferências. Não me canso de ver as repetiões- todos os anos! Por isso não percebo as expectativas; resultado inédito, ganhar? Pois, com essa performance?! Não sei quem ganhou, só sei que não chegou as finais. O que não percebo, é porque diziam os jornalistas estrangeiros que sim, que eram (d)os melhores. Ah pois, a votação não de pende da imprensa. Se calhar todos os emigrantes dos outros países têm mais poses do que os portugas; saiu-lhes o tiro pela culatra, andaram criticando o miúdo da O.T (Alemã? Não me lembro) e agora queriam os votos da diáspora portuguesaa. Já sei, é o que fazem os outros, batota!
Há uns anitos, poucos mesmo, a RTP fez um maravilhoso trabalho em estúdio, com orquestra, onde o espólio musical era cantado por novos valores creio, a RTP deveria ter na sua página um sistema de compra dos trabalhos realizados; até da excelente série "Ferreirinha" transmitida a menos tempo ainda.
M. Q.

terça-feira, maio 24, 2005

CONFERÊNCIAS DO CASINO XXI


A união faz a força

Se todas as terras
se fossem juntar
mas que grande monte
iriam formar.

Se todas as águas
se fossem juntar
mas que grande mar
iriam formar.

Se os homens de paz
se fossem juntar
mas que grande exército
iriam formar.

E por sobre a terra
e por sobre o mar
então é que as guerras
iam acabar.

Maria Luísa Ducla Soares, Poemas da Mentira e da Verdade

CONFERÊNCIAS DO CASINO XXI


Em 1871, Eça de Queirós, Ramalho Ortigão e outros escritores deram início a uma série de Conferências, que visavam debater algumas ideias modernas, vindas do resto da Europa. Procuravam conhecer melhor os novos pensamentos políticos, científicos, pedagógicos e sociais, que se começavam a impor. Aproximar Portugal da Europa era o grande objectivo destes enormes vultos das nossas letras.
Passado tanto tempo, desejamos recuperar algo da essência desta iniciativa. Por isso, inauguramos um novo espaço, que servirá essencialmente para aproximar todos os que nos lêem da literatura que se faz um pouco por todo o mundo, na esperança de podermos tocar alguém.
Tal como as Conferências do Casino foram um espaço de reflexão e de cultura, as Conferências do Casino XXI serão um espaço de letras, pretendendo criar um momento de pausa nas nossas apressadas vidas… pretendendo criar um momento para que se possa admirar a beleza e a simplicidade das palavras.


Maria Ortigão e Manuela Queirós


PONTAPÉS NA GRAMÁTICA E NÃO SÓ IX


1. Insigne professor de Latim da Faculdade de Letras do Porto:
“— A técnica é começarmos pelo início e acabarmos no fim!”

Comentário: Pode não parecer, mas este homem iluminado ainda vai revolucionar o mundo!

2. Adepto, depois de um jogo, que opôs Sporting e F. C. Porto:
“— Se o porto tivesse perdido, não era muito justo. Mas se o Sporting ganhasse, era justo!”

Comentário: Tem toda a razão, meu amigo, é de uma pessoa ficar indignada! Lá está outra vez o sistema a beneficiar o F. C. Porto!

3. No concurso “Quebra-Cabeças”, a apresentadora questiona:
“— Como se chamava o pai de Alexandre, Magno?”
Responde o concorrente:
“— Carlos, Magno!”

Comentário: Está claro! Se ainda quisermos uma árvore genealógica mais completa, só falta dizer que o avô era o Gelado Magnum!

4. Insigne professor de Literatura Brasileira da Faculdade de Letras do Porto:
“— Os escravos faziam trabalhos dificílimos!”

Comentário: Escravo que é escravo não brinca em serviço!


Maria Ortigão

PEGUEI, TRINQUEI…


Em algumas idas ao supermercado, assisti a pequenos quadros da vida familiar que me deixaram perplexa.
Na zona das frutas, muitos indivíduos se aproximavam das uvas, das cerejas e das nêsperas (e de outras pequenas frutas certamente), estendiam a mão e levavam um ou dois exemplares à boca. Houve alguém que me disse que era para ver se as frutas eram boas, se eram docinhas. Pois acredito que sim! À socapa tudo é mais apetitoso!!!
Pessoalmente, acho esta atitude anti-higiénica e pouco respeitosa, porque a fruta deve ser lavada antes de consumida (lavada, pelo que friccioná-la contra a roupa não chega!) e porque andar a surripiar fruta é, em si, um acto pouco cívico. Até compreendo que se queira constatar a qualidade do produto antes de o adquirir, mas se ninguém anda à dentada às maçãs ou a descascar laranjas, porque sacrificar a fruta mais pequena? Será que tem que ver com a teoria da evolução das espécies, em que o mais forte aniquila o mais fraco?
Se assim for, da próxima vez que fizer compras, vou pedir que cozam a carne para saber se fica realmente tenra como anunciam na televisão e também vou pedir uma taça com leite e uma balança para me certificar que, ao consumir aqueles cereais, consigo diminuir o meu peso.
Voltando à fruta. Normalmente, as pessoas, que atacam aqueles espécimes indefesos, não contam com uma pequena contrariedade no final da sua degustação – os caroços. Então, o que fazer com estes restos incómodos? Deitá-los nos caixotes do lixo. Contudo, não os há nas proximidades. Pelos vistos, só resta uma solução… Vi muita gente a simplesmente deitar os caroços nas caixas, que continham as própria frutas!!! Se, neste momento, soltaram um ah de indignação, lembrem-se de que as mesmas pessoas não lavaram a fruta, por isso estão perfeitamente congruentes com a sua javardice!
Nas zona das bolachas, pensando que estava a salvo das grosserias da zona das frutas, deparei-me com uma peculiar cena familiar. A mulher grávida varria as prateleiras com o seu olhar desejoso, que se coadunava com o seu estado. Como não encontrava nada ao seu gosto e ao seu bolso, confidenciou ao marido que precisava de levar qualquer coisa boa para o lanche, mas que era tudo muito caro. O senhor respondeu-lhe nestes termos: “Faz como as outras. Vais petiscando do que poderes e, quando saíres daqui, já estás lanchada!”
Estive bastante tempo a reflectir nesta tirada, mas é quase tão incrível como o Benfica ganhar o campeonato, que não há comentário à altura!
No entanto, ocorreu-me uma ideia. Se todos estes prevaricadores pagassem uma multa pela sua má conduta e se as receitas revertessem para o défice, talvez ainda conseguíssemos baixar para os 3%. Que me dizem, senhores economistas?


Maria Ortigão


A DEFICIÊNCIA PORTUGUESA


Andava toda a gente preocupada em manter o pacto de estabilidade da Zona Euro, fazendo tudo por tudo para que o défice se mantivesse abaixo dos 3%, quando… eis que de repente… a coisa já vai nos 6%! Anda-se não sei há quanto tempo a apertar o cinto para esconder a tanga, quando, de um momento para o outro, ficámos sem cinto e se conseguirmos uma parra para taparmos as partes pudendas já vamos com muita sorte!
O pior é que estão previstas sanções económicas para os países que ultrapassarem os tais 3% de défice. Ora bem, vamos fazer agora um momento de reflexão: se um país não consegue cumprir com os limites do défice, é porque tem graves problemas económicos, portanto, ter de enfrentar ainda mais dificuldades, graças às sanções, parece-me algo paradoxal. É como se obrigássemos um miúdo de três anos a ler um texto, sob pena de levar uma chapada. Como é claro, a criança ainda não sabe ler, por isso é castigada. O mesmo acontecesse com os nossos economistas e financeiros, que só servem para passear as pastinhas e as gravatas e que só sabem iniciar frases com as palavras “Ó senhor doutor”, mas que ainda não aprenderam a fazer contas. E ainda – cá vem outro paradoxo – são dos mais bem pagos do país!
Mas o mais engraçado é que, após sabermos das catastróficas contas do país, apareceu um membro do PS a dizer que a culpa disto tudo era do antigo mandato laranja. Por sua vez, uma representante do PSD afirmou que, quando subiu ao poder, as contas já estavam nas ruas da amargura por causa do anterior executivo do PS.
Eu não concordo nada com isto, porque a culpa (coitada, sempre a mudar de dono!) foi de Salazar, que atrasou muito o país. Não, na realidade, a culpa foi dos Descobrimentos e das suas riquezas que, em vez de ficarem armazenadas para cobrirem o défice do século XXI, foram estouradas em monumentos, festas e prazeres pessoais da monarquia. (Bem, isto de atirar as culpas é quase como um vício!)
Parem tudo! Já descobri de quem é a culpa! Após aturadas investigações, auscultação de conversas telefónicas e de muito remexer no lixo dos suspeitos… Senhores e senhoras… o grande culpado da deficiência portuguesa é D. Afonso Henriques! A verdade é que se aquele malandro não se armasse em espertalhão e andasse a combater os castelhanos, hoje éramos todos espanhóis. Vivíamos melhor, porque tínhamos uma economia forte e o Vítor Baía poderia ser guarda-redes da selecção!

Maria Ortigão

domingo, maio 22, 2005

Mau...

Começa mal a retoma económica com a vitória do SLB, quando se coloca a hipótese de chegar atrasado amanhã "à repartição".
M.Q.

Sugestões úteis

Incluir nos cursos de jornalismo e afins importante cadeira de narração de imagens trasmitidas nas televisões.
M.Q.

Factos que se poderiam ser verídicos

... quando a terra é vista do Espaço:
- Que estranho fenómeno de aquecimento global é este?
- Ah, não é nada. São só os adeptos do Benfica que festejam pelo mundo "a fora".
M.Q.

Idiotices*:

Aquelas pessoas que festejam no Marquês têm que ter cuidado para não cair no buraco- entenda-se túnel!
* Os acontecimentos aqui referidos não estão sujeitos a qualquer tipo de rigor.
M.Q.

Estranhos fenómenos-resquícios do Euro

Aquelas pessoas que vão até à porta de casa, ou descem à rua munidos de bandeiras que agitam a passagem dos automóveis.
Perigo subjacente: passeio de ambulância para os que acham o passeio pequeno.
M.Q.

sexta-feira, maio 13, 2005

O estranho mundo de David Linch

E lá fomos nós, tentar perceber o filme "Mulholand drive"- tou a escrever de cor, com preguiça de verificar se a ortografia do mesmo está correcta- não quero saber de recriminações! Fora o espanto de ter conhecido alguém que adorou, e parece ter percebido, -embora aceite que não são condições exclusivas-, o que nos aconteceu é cena digna do filme em questão.
Chegamos à rua, verificamos que era a correcta, ao que parece a dita tem um nome diferente no mapa dos autocarros -pobres turistas! pois, verificamos, porque, movimento zero, ora, como o filme é completamente fora, até achei natural que houvesse uma entrada pelas traseiras, low profile, algo undergrond... sim porque gente haveria de certeza! É que o número de pessoas participantes nestas actividades é geralmente maior quanto mais estranho for a actividade- neste caso uma exibição cinematográfica não é estranha, mas o filme em questão sim, apesar do nome sonante que há por trás. Ora, e que tal se procurassemos o número da porta? Demos com ele à primeira! Fechado para obras! 'Tão a ver a cena?! Telefona-se. "Que está fechado desde Dezembro!" Como se nós adivinhassemos, como se fosse ilógico irmos a uma exibição marcada, não cancelada! É que papéis à porta zero, excepto aquele que informa da licença para as tais obras.
Dentro do género "Truman Show" sugiro, a quem de direito, que a cena que vivemos seja retirada desta longa-metragem que é a vida e inserida num novo DVD do Mulholand.
Maria: desculpa lá o discurso, apeteceu-me.
M. Queirós.

terça-feira, maio 10, 2005

PONTAPÉS NA GRAMÁTICA E NÃO SÓ VIII


1. Entrevista de rua sobre a Revolução dos Cravos:
Jornalista: Sabe o que aconteceu no 25 de Abril?
Entrevistado: Foi a independência de Portugal!

Comentário: Ainda hoje me emociono ao rever as imagens de D. Afonso Henriques, no topo do seu blindado, a exigir a rendição de sua mãe, D. Teresa, que se tinha refugiado no Carmo. Por esta altura, o principal oponente à independência portuguesa, D. Afonso VII de Leão e Castela, já tinha morrido na sequência de uma queda do seu trono.

2. Eu: Quando partes para a Alemanha?
Amigo: Lá para fins de Setembro, princípios de Julho!

Comentário: Isto promete! Como se diz e se escreve, hoje em dia, “ka ganda viagem, pá!”

3. Insigne professor de Linguística Portuguesa da Faculdade de Letras do Porto:
“ – E como é sabido, toda a gente sabe…”

Comentário: Pelos vistos, não é segredo para ninguém!


4. O senhor meu pai:
“ – Quando vais fazer melhorações… melhoramentos… melhorias?”

Comentário: À terceira é de vez.


Maria Ortigão

O MELHOR DO MUNDO SÃO AS CRIANÇAS


Depois de explicar a uma criança que, na Inglaterra, a catequese era ao domingo, porque a religião predominante era o Anglicanismo, seguiu-se um diálogo curioso:
Criança: Então, os ingleses não são cristãos?
Eu: Sim, a maioria é cristã, mas o Cristianismo divide-se em outras religiões. Duas delas são o Catolicismo e o Anglicanismo.
Criança: Portugal é católico?
Eu: A população portuguesa é maioritariamente católica, mas há portugueses que praticam outras religiões, quer cristãs quer não cristãs.
Criança: A terra em que Jesus nasceu é católica, não é?
Eu: Curiosamente, na terra em que Jesus nasceu coexistem, não muito pacificamente, três grandes religiões. Uma delas é o Cristianismo.
Criança: Há guerra?
Eu: Infelizmente, sim.
Criança: Porquê?
Eu: Por divergências religiosas e questões territoriais.
Criança: Mas porquê?

Como explicar a um rapazinho de onze anos o conflito israelo-palestiniano? Como explicar que, na terra em que Jesus – símbolo do amor, da fraternidade, da paz – há guerra? Como explicar as atrocidades que são cometidas de parte a parte? Senhores governantes dessas paragens, conseguirão responder a esta simples pergunta de uma criança? MAS PORQUÊ?

Maria Ortigão



SOMOS ASSIM TÃO ASSUSTADORAS?


O nosso ilustra desconhecido leitor, senhor António Ribeiro, chegou, viu e foi-se! Confesso que fiquei bastante desapontada com a sua retirada. Apesar das nossas divergências, dava-me um imenso gozo ler os seus comentários, seguindo-se umas notas em forma de rabiscos até ter construído um texto de resposta. Deve ser assim que os deputados se sentem, mas nós ainda íamos discutindo assuntos que valiam realmente a pena.
E o meu desapontamento não termina por aqui. Então, agora que o tema (gramática e língua portuguesas) me era particularmente caro é que se vai embora? Nem sequer deu oportunidade para tentarmos encontrar assuntos em que estivéssemos (minimamente) de acordo!
De qualquer das maneiras, quer já não nos visite quer ainda nos vá dando umas espreitadelas sub-reptícias, remeto-me ao direito de responder ao seu último (será derradeiro?) comentário.
Ainda no que à gramática diz respeito, perguntou-me se eu escrevia “blog” ou “blogue”. Pessoalmente, prefiro não alterar ou aportuguesar os vocábulos estrangeiros, optando por manter a ortografia original, mas colocando-os entre aspas – sinal de que se trata de uma palavra externa ao português. Logo, escrevo e escreverei sempre “blog”, “atelier”, “whisky”… De realçar também que, sempre que possível, substituo estrangeirismos por palavras portuguesas que signifiquem o mesmo. Por exemplo, sítio ou página electrónica e não “site”, arquivo e não “dossier”… Sei também que há lexemas que, de tão enraizados e aportuguesados, já fazem parte do nosso vocabulário e assim devem continuar. Sou purista, sem ser puritana!
Entretanto, o senhor António deu-se à arte da adivinhação. Através da análise das minhas farpas, concluiu que eu era filha única e que vivia num condomínio fechado. Apesar de não negar, à partida, uma ciência que desconheço e apesar de ter acertado numa das suas premissas, acho melhor que o senhor António “mudi di aiceti”!
Sim, sou filha única, mas a mais velha de doze netos… quanto é que renderemos no passatempo das avós do “Praça da Alegria”?... Entre mim e o priminho mais novo há uma diferença de vinte anos, por isso deve imaginar o que acontece quando a família se reúne e a mais velha tem de tomar conta dos pequenos! Porém, também detenho alguns privilégios ou não me sente eu, em alguns Natais, no topo da mesa das crianças. (Engraçado… isto não saiu tão bem como tinha imaginado!!!)
Pensa que eu vivo num condomínio fechado? Já gora com um BMW na garagem, não? Ou será que pensa que moro em Cascais ou que sou sobrinha do tio Miro de Azevedo ou do tio Isaltino Morais? Não, sou pobrezinha, mas não pobre de espírito. Pelo menos, faço por isso.

P.S.: O senhor António foi-se embora zangado. Só lhe posso dizer que, mesmo a nossa (“FarpasXXI”) relação tenha sido fugaz, deixou marcas. Por tudo isso, agradeço a sua participação.

P.S. 2: Senhor António, um tema que não discutimos foi futebol. Não, é melhor não. Estou mesmo a ver que, para mal dos meus pecados, ainda era benfiquista!...


Maria Ortigão



Filipe

Proteccionismo nefasto? Pode ser, ou até é. "Engraçado" - não é por acaso que o filme "Truman Show" é um dos meus favoritos- assistir a uma campanha "Portugal Trade" sobre o valor dos produtos portugueses. Falta divulgação, falta consciência. Não me importo de ser acusada de extremista desde que Portugal seja auto-suficiente ou que a exportação seja superior à importação; não se pode é permitir uma população desocupada num país com condições para produzir quase tudo. Não se pode viver só de turismo, é preciso produzir e transformar o que se produz. Na história, são lembrados de forma positiva os tais que tomaram as medidas protecionistas, impulsionadores do comércio, industria...
Ó Filipe, muito me espanta que uma inteligência como a tua cai no erro de fazer futurologia barata- desculpa, não te quero ofender- se o Che seria um assassino de jornalistas que importa?! Nunca saberemos o que ele teria sido. 1º O texto foi incitado pela correção jornalística, mais, pela falta dela. 2º Admito que é um ícone pop e que há quem veja nele apenas um ideal romântico, mas não se pode negar que os valores que transmite ao grosso das pessoas, é positivo, de fraternidade e igualdade, e que se isso contribui para um mundo melhor, seja. É certo que a maioria de nós pouco sabe acerca dele, pouco mais do que o tal ideal romântico veiculado pelos média. Che não morreu jovem, foi assessinado jovem! Gostei do excerto, diz verdades. O que não anula, que se considere o comunismo- por exemplo, uma prática viável; acredito que tudo evolui, que tudo pode adaptar. Sou uma pessoa de extremos, que tenta controlar o seu génio- entre os que me conhecem há quem gostaria de ver escrito "mau-génio"; escolho esquerda porque me parece infinitamente mais justa que a direita.
M.Q.

quarta-feira, maio 04, 2005

Onde está o erro?!

"«Não!», bradia o português. «Che Guevara não morreu!» Foi sempre esta a resposta enquanto se temia pela vida de Che e, até mesmo quando os jornais da manhã atiraram a notícia do assassinato do líder revolucionário boliviano, Manuel não vacilou."( in NM #674 ) Grande vacilo o seu jornalista, né? Mesmo sendo Che Guevara um ícone da cultura pop, de todos nós -quer dos que partilham de seus princípios até dos que gostam apenas do ideal romântico, por via da globalização é universal, ou talvez ocidental seja mais correcto -embora acredite que em muitos algures em Ásia o re-conheçam-, mesmo sendo nosso então, isso não anula a sua nacionalidade muito menos admite troca!
Ainda não se retrataram. Vamos ver quanto tempo demoram. Eu sei o quanto é chato ler novamente um texto no qual se trabalhou, mas será possível que um colega de redação ou um familiar não tenham detectado o erro?!
M.Q.

terça-feira, maio 03, 2005

Con-decoração

Lí, hoje, numa pequena secção no JN, que Paulo Portas vai ser condecorado pela Casa Branca-parece que teve um bom desempenho na defesa. Reparei que tinha uma seta para cima. Era uma coisa positiva! Qualquer dirá, que de facto, uma condecoração é um reconhecimento; o que me faz espécie é provir dos amigos do norte. Mas mesmo sendo imparcial, pergunto: o que fez para a mercerer? É essa a questão. Não sabemos. Ou não imaginamos. Admito até, que fosse uma espécie de segredo de Estado que um dia saberemos. Mas condecorações, são só convenções sociais, define-se o nome, a quem se dá... É claro que os reconhecimentos à cidadãos civís ou militares que salvam a vida de alguém, directa ou indirectamente parecem mais justas. Mas enquanto não se souber porque...
M.Q.

Queima

Vamos à Queima!!! Não há Xutos na Queima este ano. Lá se vai um marco.
M.Q.

Jogo limpo

Há 15 dias atrás o SLB estava a ter uma performance menos boa e alguns adeptos, mesmo faltando muito tempo, diziam que o SLB não merecia ganhar. Essas pessoas têm que apoiar a equipa até ao fim e mesmo que tivessem perdido tinham que lá estar pra os apoiar da próxima vez. É claro, que se pode falar dos valúrdios que ganham e não mereceriam... mas, não é esse o meu ponto hoje. Essas pessoas é que não merecem as vitórias, não merecem serem chamadas de décimo segundo!
Tendências clubísticas àparte, quem não merece o campeonato é a instituição que está sendo favorecida descaradamente. Até àlgumas semanas atrás eu queria que ganhassem, agora, mesmo com o impacto que isso pode provocar na motivação dos jogadores, pois estiveram tão perto, quero que os outros ganhem.

A final da taça UEFA é em Alvalade XXI ( olha que giro, nós também somos XXI !) Se só isso influencia a motivação dos jogadores... Gosto de pensar que há coisas místicas e penso, então, no recinto fechado enquanto vale que concentra alguma energia lá dentro... A ver vamos.
M.Q.