Depois de explicar a uma criança que, na Inglaterra, a catequese era ao domingo, porque a religião predominante era o Anglicanismo, seguiu-se um diálogo curioso:
Criança: Então, os ingleses não são cristãos?
Eu: Sim, a maioria é cristã, mas o Cristianismo divide-se em outras religiões. Duas delas são o Catolicismo e o Anglicanismo.
Criança: Portugal é católico?
Eu: A população portuguesa é maioritariamente católica, mas há portugueses que praticam outras religiões, quer cristãs quer não cristãs.
Criança: A terra em que Jesus nasceu é católica, não é?
Eu: Curiosamente, na terra em que Jesus nasceu coexistem, não muito pacificamente, três grandes religiões. Uma delas é o Cristianismo.
Criança: Há guerra?
Eu: Infelizmente, sim.
Criança: Porquê?
Eu: Por divergências religiosas e questões territoriais.
Criança: Mas porquê?
Como explicar a um rapazinho de onze anos o conflito israelo-palestiniano? Como explicar que, na terra em que Jesus – símbolo do amor, da fraternidade, da paz – há guerra? Como explicar as atrocidades que são cometidas de parte a parte? Senhores governantes dessas paragens, conseguirão responder a esta simples pergunta de uma criança? MAS PORQUÊ?
Maria Ortigão
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