terça-feira, maio 10, 2005

Filipe

Proteccionismo nefasto? Pode ser, ou até é. "Engraçado" - não é por acaso que o filme "Truman Show" é um dos meus favoritos- assistir a uma campanha "Portugal Trade" sobre o valor dos produtos portugueses. Falta divulgação, falta consciência. Não me importo de ser acusada de extremista desde que Portugal seja auto-suficiente ou que a exportação seja superior à importação; não se pode é permitir uma população desocupada num país com condições para produzir quase tudo. Não se pode viver só de turismo, é preciso produzir e transformar o que se produz. Na história, são lembrados de forma positiva os tais que tomaram as medidas protecionistas, impulsionadores do comércio, industria...
Ó Filipe, muito me espanta que uma inteligência como a tua cai no erro de fazer futurologia barata- desculpa, não te quero ofender- se o Che seria um assassino de jornalistas que importa?! Nunca saberemos o que ele teria sido. 1º O texto foi incitado pela correção jornalística, mais, pela falta dela. 2º Admito que é um ícone pop e que há quem veja nele apenas um ideal romântico, mas não se pode negar que os valores que transmite ao grosso das pessoas, é positivo, de fraternidade e igualdade, e que se isso contribui para um mundo melhor, seja. É certo que a maioria de nós pouco sabe acerca dele, pouco mais do que o tal ideal romântico veiculado pelos média. Che não morreu jovem, foi assessinado jovem! Gostei do excerto, diz verdades. O que não anula, que se considere o comunismo- por exemplo, uma prática viável; acredito que tudo evolui, que tudo pode adaptar. Sou uma pessoa de extremos, que tenta controlar o seu génio- entre os que me conhecem há quem gostaria de ver escrito "mau-génio"; escolho esquerda porque me parece infinitamente mais justa que a direita.
M.Q.

5 comentários:

Anónimo disse...

Este teu comentário ilustra às mil maravilhas o que penso:há uma ignorância profunda sobre Che no contexto em que viveu. Che era Comunista nos anos 60. Isto significa muitas coisas. Excepto para quem não vê ou não quer ver...

Anónimo disse...

Da mesma forma, e já agora: o Comunismo só é viável com balas e purgas. Caso contrário, em liberdade, as pessoas entretêm-se em enriquecer, e, se possível, mais que os outros. O Comunismo é. logo, um mau ideal. Nunca um bom ideal. Trata-se de escolher entre igualdade (no sentido igualitário) e liberdade. As duas juntas, é impossível. Se me conseguires mostrar o contrário, sem futorilogia barata ou sem paleio cor-de-rosa avermelhado, agradeço...

Anónimo disse...

Por fim: essa tua frase final, não a percebo. Não me lembro onde é que coloquei a questão entre esquerda e direita. A menos que isso seja a velha ideia da velha esquerda, de que tudo à Esquerda (leia-se entre os comunistas)é cor-de-rosa, e tudo o resto é um mar de horrores. Se assim é, declaro desde já que estou do lado do horrores. Essa esquerda, minha cara, a esquerda do Che, não a quero por coisa nenhuma. Estou contra. E orgulho-me disso. Capisce?

Anónimo disse...

PS: Se estes comentários te suscitarem respostas, força. Discutir ideologias e formas de pensar o mundo é algo que me dá um grande prazer. Em particular, discutir com velhos-ex-pseudo-pró etc. esquerdeiros de velha cepa, é uma coisa que me dá infinito prazer. Se a Maria vai ao céu a discutir verbos e vírgulas, eu vou ao céu a discutir política e ideologias.

Anónimo disse...

Posso até lançar a seguinte questão: dizes, e bem, que Che foi assassinado. Ora, que eu saiba, ele era guerrilheiro, o que, entre outas coisas, significa que também ele deu uns tiros e rebentou umas cabeças, não será assim?