domingo, novembro 18, 2007

Parabéns

Eu percebo a metáfora do livro-Ensaio sobre a cegueira- mas não gosto dele-gosto pouco!
Se calhar, porque, tendo eu uma imaginação "visual" e vivenciando muito a narrativa ( -tb eu devoro Saramago-prosa), custa-me aceitar aquela animalidade das situaçõe limites; já a Caverna achei-o fantástico; talvez uma metáfora mais primaria... embora adore o cliché do oleiro-criação genesiana-bíblia.
Quanto ao magnetismo, concordo: acho-o... afável, no mínimo-[devo agradecer à Maria o convite pra a sessão de autógrafos, mas como fomos das primeiras é natural que estivesse bem disposto... espero q também o tenha sido com o último da fila]. E, cá entre nós, sendo fútil, mas la está: o visual!, é muito impactante em mim, desde que trocou de óculos ficou muito mais atraente-há modernizações indispensáveis! O q é preocupante, pois o sr. tem a idade do meu avô...
O que me custa digerir é esta relação conflituosa, (justificada) com Portugal ou da nação com ele. É como se não fosse realmente "nosso", quando leio os livros dele parece-me que tropeço em palavras que existindo em português são mais castelhanas, será que é só comigo? Não gosto desse síndrome de Luis Figo, dando conferências de impremsa pela Selecção.
Será que ele escreve mesmo em Português, será que é preciso corrigi-lo nalgumas palavras...?!
Manuela.

domingo, outubro 14, 2007

Camp Commander...

Olhem só no que tropecei, ora façam lá, e digam se estão aptos a proteger as vitimas
Façam e depóis leiam o resto. Ate já.
Eu devo confessar que fiz o jogo duas vezes, na primeira e tradicional não me sai muito bem, é o que dá desconhecer a palavra Gallows e achar q se asemelham a postes de electricidade... Fiz com os meus parcos conhecimentos, sem ler o texto da Convenção de Genebra, não estava talhada para a função mas safei-me. Tendo aprendido umas coisas servi-me delas para gerir o segundo jogo, o outro símbolo, e já me saí muito melhor, mais humanista. Pudera, Gallows num campo de prisioneiros de guerra é capaz de não ser boa ideia!
Recomenda-se uma visita aos outros Jogos educátivos... Sim, porque nunca se sabe com o desemprego a grassar e a violência a aumentar o que nos reserva o futuro...
Manuela

Paz

Confesso-me surpreendida por Al Gore ter recebido o prémio Nobel da Paz, ainda mais porque não ouço repercussões, e assim sendo fui ao site beber da fonte a informação disponível: como se nomeia, se haveria uma lista pública de preteridos...? Representantes da academia um pouco por todo o mundo... pensei logo em Lobbies, em como o impulso da recente notoriedade/popularidade que o filme lhe trouxe o pode levar a casa branca... Se ele já era tão consciente como disse no filme, porque o aquecimento não é a sua bandeira há muito mais tempo?! Teria dado uma boa imagem já na altura, porque eu acho que é disso que se trata, de imagem, de atingir o objectivo falhado, se pelo meio ainda salvar umas plantitas, seja!Fiquei a saber, que o senhor Al Gore tem a companhia de uma organização, porque não se fala dela? Ele é apenas o rosto mais mediático para um assunto que se quer difundido: A preservação do meio ambiente, por combate directo ao aquecimento global.
Eu vi o documentário. Não acrescentou nada que já não soubesse (apenas umas percentagens), nem mesmo as imagens do Kilimanjaro despido de seu manto branco... nada que não me tivesse já chegado via e-mail. Por isso não percebo a aclamação, há-de haver, de facto, muita gente ignorante do problema, fez-se luz para uma parte da população?! Não percebo, desde '94 que discuto esses fenómenos na aula de geografia, só a reciclagem enquanto sistema tri-color me era desconhecida.
Mas devo dizer em minha defesa, que compreendo a distinção, ouvimos dizer: são de facto recursos naturais como a água os motores, ou devo antes dizer desculpas? para as próximas guerras, o prémio é um alerta, mas vale prevenir, lembram-nos; o meu espanto era o senhor, agora que sei que partilha o prémio estou mais descansada....
Manuela

... Fado, meu fado, meu fado...*

Apesar desta performance ter a participação de Miguel Poveda, Flamenco, é nisto que penso quando fecho os olhos e vej'ouço Chico Buarque vaticinando este imenso Portugal que ainda se há-de cumprir... Fados é dos poucos, pouquíssimos, filmes que eu veria novamente, pelos quais, pagaria novamente.
A Banda sonora (que existe-[ n deve trazer os vÍdeos ou então seria o DVD?] seja como for qualquer dos suportes está na minha lista de muito próximas adquisições). E a questão mantem-se: é este trabalho mais do que uma banda sonora? Sem dúvida. A música não se limita a ser o acompanhamento das imagens, aqui as imagens servem a música e é este binómio invertido que se estranha. Na minha opinião falta informação aos quadros: talvez um pouco mais de história-há aqui um quadro fantástico com a participação da voz (?) da Brigada VitoR Jara- ou uma identificação dos participantes no momento... Mas o filme está catalogado como musical e não documentário, assim é mais fácil perceber que o propósito talvez seja mostrar ao mundo, nem que seja só ao Lusófono, a riqueza do género. Será que só mesmo um estrangeiro para nos mostrar a sua versatilidade, as suas paixões? Não sei se houve alguma polémica por causa dos fundos para o filme, enquanto o via qustionava-me se seria preciso cantar novamente, se não bastava juntar o que já estava consagrado as imagens escolhidas, e aí com estria o realizador nos surpreende e mostra a solenidade que se instala no estudio... e percebemos que tem de ser sentido, que foi para essas pessoas um privilégio.
Carlos do Carmo, dogmas a parte, é o expoente máximo da canção, um selo de qualidade indiscútivel.
Camané o príncipe... Tenho que me começar a abstrair das suas características físicas...
Mariza sabe dançar, coisa que eu ja sabia... Ah! o bailarino qua a acompanha...
Caetano Veloso talvez resolveu gozar connosco, mostrando-nos que quando pensa em fado ouve mulheres desgarradas só lhe faltou o lenço preto na cabeça...
Chico Buarque transporta-nos, onduladamente, numa declamação...
Há ainda o Rap gosto mais do som base em cima do qual trabalham a letra. A terceira idade, desgarradas; o fado das tascas, pejado de maneirismos e muito "sentimento"
E a mexicana! Lila Downs, que bem ela canta... Homenagem à mãe do C. Carmo, não há de ser para qualquer um...



Faltam mais vozes femininas: Ana Moura, Mafalda Arnauth...



Manuela


* No original, péssima ideia traduzir...

sexta-feira, outubro 12, 2007

Fados...

... música em filme, não um filme; ainda assim, altamente recomendável para quem gosta de música (e dança). ****
Manuela.

segunda-feira, outubro 01, 2007

E ganhou o Menezes

eu tou preocupada com o q o H gasta em roupa! =) palavras dele. Parece mais competente q o Santana... a ver vamos; eu so sei é q qd ele sair da câmara vamos ter radares em todos os quarteirões...
Manuela

terça-feira, setembro 18, 2007

I beg your pardon?

Contagiada pelo espírito da música tradicional lá me lembrei de tentar tocar umas coisas na flauta da primária mas faltam-me as notas e assim resolvi procurar na net -cada vez gosto menos, muita tralha- que saudades tenho eu das enciclopédias!!! Olhem só, o resultado: atónito.
Não experimentei mas suponho que deve ser interessante, próprio para os... clientes que gostam de se manter fiel (ó paradoxo!) às tradições; e pergunto eu, será a especialidade um "Vira", aparecer-nos-á uma mulher com 7 saias?!
M.Q.

quinta-feira, agosto 16, 2007

Ligações

Para acompanhamento da inaugurada barra de links...
Eu-Manuela- que sou do tempo em que o Gato Fedorento era mesmo um blogue e se abria a página à espera de novas piadas sofrendo com a desactualização "por compromissos com a t.v."; que lia diariamente a Bomba e não sabia que ela era (já?) cronista de revistas e tinha curiosidade por essa mulher... Que lia uma série de outros blogues-clássicos- pela barra da mesma, que espreitava a Papoila... e, que gostava do nome, e não só, do desaparecido Ponto&Vírgula... coloquei aqui ao lado uma lista de blogues espreitados frequentemente.

terça-feira, agosto 14, 2007

OS ÚLTIMOS CINCO LIVROS



Depois de ter estado afastada do Farpas XXI durante algum tempo, voltei para responder ao desafio da Cristina.
O excesso de trabalho, a senha do “blog” que deixou de funcionar sabe-se lá por que razão, o vírus que me assaltou o computador, o técnico que estava de férias onde toda a carneirada portuguesa vai no Verão, a consequente espera pelo dito e o computador remoto que não certificava a tempo o meu nome de utilizador e a senha, pelo que não conseguia entrar na “Internet”… tudo isto contribuiu para que já falte pouco tempo para eu perder as estribeiras informáticas e pegar num martelo para dar cabo disto tudo. Já agora, onde está o computador remoto? Remoto significa muito longe, por isso, talvez na Austrália ou Macau. Estejas onde estiveres, fica a saber que eu tenho um martelo dos grandes e uns músculos jeitosinhos!
Após este pequeno exercício de limpeza da aura e de ôômm personalizado, farei a lista dos últimos cinco livros que li:

1. “Peter Pan”, de J. M. Barrie. Toda a gente conhece a narrativa deste miúdo traquinas que se recusa a crescer e que vive com os seus amigos na Terra do Nunca, envolvendo-se em inúmeras aventuras. Para mim, nada melhor do que um livro infanto-juvenil para relaxar durante as férias.

2. “Nação Crioula”, de José Eduardo Agualusa. Recria-se o ambiente angolano do século XIX, através das cartas que Fradique Mendes (personagem de Eça de Queirós) envia à sua madrinha em Portugal. Um caso de amor secreto entre o herói e uma escrava a quem salva. Muito interessante, leu-se num jacto.

3. “Histórias Verdadeiras de Gatos”, uma recolha de contos e de pequenos relatos, de Karen Dolan, sobre os meus animais favoritos. Conta com nomes como Mark Twain (aproveito para sugerir “As Aventuras de Tom Sawyer” e “As Aventuras de Huckleberry Finn”, duas histórias deliciosas e muito divertidas), Theodore Roosevelt, Téophile Gautier ou uma referência a Nelson. Este era o gato medricas de Churchil, que se refugiava debaixo de um móvel quando dos ataques nazis a Londres, o que muito irritava o primeiro-ministro britânico. Para quem gostas de bichanos, são “relatos encantadores que nos fazem ronronar!”

4. “Os Maias”, de Eça de Queirós. Está uma pessoa de férias, sem fazer nada e logicamente pensa em reler este grande romance em apenas uma semana. Houve um dia, em que eram quatro da manhã e eu estava a comer bolachas e a ler o livro. Enfim, maluqueiras à parte, mesmo com muitas descrição (engraçado, passados alguns anos da primeira leitura, já não me pareceu que tinha assim tanta pormenorização) é um excelente volume. Está bem escrito, mantém a actualidade, tem humor, tem drama, tem aquela fina ironia queirosiana e… é “Chic a valer”!

5. “Mulherzinhas”, de Louisa May Alcoot. Mais um livro infanto-juvenil. O grande objectivo deste romance é moralizar: devemo-nos contentar com aquilo que temos, devemos cultivar os bons sentimentos e não ceder às nossas fúrias para sermos melhores pessoas, a felicidade não é, de maneira nenhuma, sinónimo de dinheiro… o habitual. Não deixa de ser interessante, mas há constantes paragens à laia de breviário para nos lembrar disto, as quais não eram necessárias, pois estão bem implícitas nos episódios que acontecem aos March. Mas, no geral, é um bom livro e… tem gatinhos!!!

As leituras continuam e o tempo é tão pouco!


Maria Ortigão

terça-feira, julho 31, 2007

O Quinto

Lendo aqui lembrei-me de um outro livro: "O Ano da Morte de Ricardo Reis"; pronto, pronto, eu gosto muito de Saramago-da sua escrita! Porque acho mal que o sujeito faça referências a futuras provincias espanholas... Mas nem de propósito diz Saramago através das personagens:
«...Portugal é Cristo, E Cristo é Portugal, não esqueça, Sendo assim, precisamos de saber, urgentemente, que virgem nos pariu, que diabo nos tentou, que judas nos traiu, que pregos nos crucificaram, que túmulo nos esconde, que ressurreição nos espera, Esqueceu-se dos milagres, Quer você maior que este simples facto de existirmos, ...».
Mas há outras citações sublinhadas no meu livro:
«...Deus não haveria de gostar de saber que nós acreditamos que as coisas correm mal porque ele não quis que elas corressem bem...»
«...enquanto calamos as perguntas mantemos a ilusão de que poderemos vir a saber as respostas...»
Entre outras...
Manuela.

domingo, julho 29, 2007

Leituras

Respondendo ao desafio devo dizer que para além de todas as revistas semanais que acompanham o JN (sim, desde a programação semanal, passando pela piorada NS e terminando na diferente NM, eu leio tudo: inclusive uma Mª & companhia quando se está aborrecida até uma Visão, ou National Geographic quando me chega ao coração).
As minhas últimas leituras foram:
"Ensaio sobre a Lucidez" Saramago. Obviamente não passo sem o meu Saramago estival, o problema é que esgotados os romances estou a chegar as peças de teatro e não me apetece lê-las. Esta adquisição esta sendo de difícil leitura, suponho que é produto da sua capacidade de captar o real ("genialidade"), tem muito palavreado, mas só assim poderia ser um livro sobre políticos!(A decorrer).
O anterior, é consequência da seca: quando não há o que ler vai tudo, e assim entre os livros do meu avô, evitando as biografias de "santos de aldeia", encontrei um edição de autor sobre a Toponomia da Vila de São Martinho de Anta, e não fugindo a minha veia Antro-socio-arqueológica lá mergulhei à procura de coisas interessantes: pratica-se o latim, descobre-se um passado miserável descrito pela Igreja sobre o estado da capela, freguesia... Interessante. Não encontro o livro para identificá-lo com exactidão.
Dando uma vista de olhos as capas de revistas lá se descobre que a Visão dá livros e junta-se o útil ao agradável porque se desconhece a bibliografia da autora e assim li "A Estrela de Gonçalo Enes" (história/estória menor?!) de Rosa Lobato de Faria.
Ao passar no quiosque é impossível resistir a um Camilo por 2€ e asim, adquirí o Volume I dos Romances Completos, "Mistérios de Lisboa" de C. Castelo Branco (se juntarmos o "Amor de Perdição"... e mais qualquer coisa... Padre Diniz, obtemos a fantástica produção Luso-brasileria q deu férias a muita gente em Terras de Vera Cruz). Notável: acabam todos no convento! Idosos, arrependidos, perdoados.
E não me lembro de um quinto, embora tenha desistido de um Lobo Antunes, mas não dele.
Manuela.

sexta-feira, julho 27, 2007

2 semanas e 2 horas depóis, já quase a desistir

...eis que consigo postar! Até quando? A ver vamos... Espero não perder a "fechadura" (completa) outra vez. A responder brevemente...
M.Q.

terça-feira, maio 08, 2007

PERGUNTA PARA QUEIJO


Se os apoiantes dos movimentos de extrema-direita têm tanto orgulho na cor branca, por que razão andam frequentemente vestidos de preto?


Maria Ortigão

quarta-feira, abril 25, 2007

O MELHOR DO MUNDO SÃO AS CRIANÇAS


Quando questionado sobre o que se comemorava no 25 de Abril, um jovem de 16 anos disse:
— Sei lá! O que interessa é que é feriado!


Maria Ortigão

quinta-feira, abril 12, 2007

COMO É POSSÍVEL?


1. Daqui, ninguém nos tira!
Descreverei um caso real e igualmente absurdo que foi presenciado pela minha mãe. Qualquer similitude com a realidade é pura realidade.
A peixeira, que anda com uma carrinha pela freguesia (e que, muitas vezes, quis esganar um bocadinho por me acordar às 7 horas da manhã de sábado com “grandíloquas e sonorosas” buzinadelas), sentiu-se mal, quando se encontrava às portas da Junta, que é paredes-meias com o Centro de Saúde. A senhora desmaiou, portanto, a 20 metros da entrada do posto médico. Obviamente, as pessoas que estavam perto acorreram ao dito posto e pediram assistência para alguém que estava caído na rua. Agora, vem a parte gira, que até destaco:
Funcionários, enfermeiras e médicos recusaram prestar ajuda a um ser humano inerte, porque…
Só agora é que vem a parte verdadeiramente gira, daí que a destaque a dobrar:
Não acudiram uma pessoa, porque não têm autorização para sair das instalações. Que ligassem para o INEM!
Ora, cá está, que se lixe o juramento de Hipócrates e que se lixe quem teve a pouca sorte de cair redonda a poucos metros do alvo, pois o que importa é obedecer estupidamente a regras estúpidas.
Felizmente para a doente, as pessoas reagiram com indignação e tanto pressionaram os verdadeiros doentes (mentais) que uma enfermeira se dignou a infringir a lei para fazer o seu trabalho.
Neste momento, a senhora peixeira encontra-se a recuperar.
O que concluímos depois deste episódio? Dois aspectos importantíssimos: primeiro, vou ter algum sossego aos sábados de manhã; segundo, para nossa segurança, convém dar-nos o badagaio dentro do consultório médico.

2. É preciso policiar a polícia.
Num dos vários passeios por onde caminho diariamente e que costuma estar ocupado por automóveis, dificultando muito a passagem de peões, tive a agradável surpresa de ver alguns agentes a multar aqueles invasores de espaços alheios.
“Já não era sem tempo!” – pensei eu, enquanto atravessava a estrada na passadeira. Só que, antes do final do trajecto, tive de contornar o carro da polícia que estava estacionado em cima daquela passadeira!


Maria Ortigão

quinta-feira, abril 05, 2007

O MENOR PORTUGUÊS DE SEMPRE



Não vejo grande interesse em eleger o maior português de sempre, mas fui acompanhando o programa televisivo. Pelo menos, produziram-se documentários que deram a conhecer algumas das nossas mais importantes figuras. Apesar de, por exemplo, a biografia de Fernando Pessoa ter sido emita depois da meia-noite por causa de um jogo de futebol. Trocar o horário da bola é que não! O futebol é sagradinho! Escritores que só servem para nos dar cabo dos neurónios no 12.º ano e que, ainda por cima, não sabem muito bem que personalidade assumir, ficam lá para os confins da madrugada! Se calhar, foi o amor (quase doentio) dos lusos pelo futebol que deu a vitória a Salazar, ou não tivesse este “grande” português celebrizado a máxima “Fado-Futebol-Fátima”.
Quaisquer que sejam as razões que levaram a esmagadora maioria das pessoas a votar em Salazar:
- boicote ao programa;
- manifestação de desagrado pelo estado do país, quando já lá vão 33 anos de democracia;
- admiração pelo “senhor”;
- pura ignorância…
considero vergonhoso considerarem-no o maior português de todos os tempos. E arrepiante também!
Entretanto, andei a pensar e, caso algum estrangeiro me perguntar sobre esta figura, resumi-la-ei assim:
- a única coisa boa que Salazar fez foi cair da cadeira;
- uma das piores coisas que fez foi não ter caído da cadeira mais cedo.

Permitam-me, para finalizar, a inclusão de um poema de Fernando Pessoa, ele, sim, um verdadeiro grande português:

António de Oliveira Salazar

António de Oliveira Salazar.
Três nomes em sequência regular…
António é António.
Oliveira é uma árvore.
Salazar é só apelido.
Até aí está bem.
O que não faz sentido
É o sentido que tudo isto tem.

Este senhor Salazar
É feito de sal e azar.
Se um dia chove
O sal,
E sob o céu
Fica só azar, é natural.
Oh, c’os diabos!
Parece que já choveu…

Coitadinho
Do tiraninho!
Não bebe vinho,
Nem sequer sozinho…

Bebe a verdade
E a liberdade.
E com tal agrado
Que já começam
A escassear no mercado.

Coitadinho
Do tiraninho!
O meu vizinho
Está na Guiné
E o meu padrinho
No Limoeiro
Aqui ao pé.
Mas ninguém sabe porquê.

Mas enfim é
Certo e certeiro
Que isto consola
E nos dá fé,
Que o coitadinho
Do tiraninho
Não bebe vinho
Nem até
Café.


Maria Ortigão

terça-feira, março 13, 2007

Senhas...

pelos exemplos dados, quem faz declarações on-line de IRS é na sua maioria literato de esquerda, ora vejam o texto elucidativo:
«Por favor, tenha em atenção que a sua nova senha deverá conter oito a dezasseis caracteres, sendo estes algarismos ou letras. Alguns exemplos de senhas são: "AlvarodeCampos", "PraiadasMacas" ou "25deAbrilde1974".»


( - Claro! Os de direita lá pagam impostos.
- 'Tá quietinho não sejas demagogo, vá... )
M.Q.

O meu grupo musical favorito:

M.Q.

Aggrrrrrrrrr

...isto de precisar senhas para alterar as senhas que esquecemos, conspiração!...
M.Q.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Da-lhes música...

Un Amor verdadero:

«Yo soy de los que pienso
que el amor en la distancia
se hace fuerte y se agiganta
con el tiempo
que no existen imposibles
para aquellos que aman
con el corazón
Yo soy de los que entiendo
que no puede dividirse
la promesa que se escribe
con un beso...»

Jerry Rivera.



SushiBaby
«Amo-te mais água que as torneiras
Amo-te muito mais alto que as nuvens
Amo-te mais vento que as tempestades
Amo-te mais
Amo-te mais palavras que um livro
Amo-te muito mais noites que o verão
Amo-te mais longe do que o Japão
Amo-te mais mais
Sushy babyAmo-te mais mais
Sushy babyAmo-te mais e mais e mais e mais e mais...»
Oioai.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

O MELHOR DO MUNDO SÃO AS CRIANÇAS



Após a leitura de uma carta de Eça de Queirós, datada do final do século XIX, na qual o escritor pedia ajuda a um amigo para lhe fazer passar uns caixotes com livros e outros documentos para Paris, os alunos tinham de responder à pergunta: “Tendo em consideração o conteúdo dos caixotes, qual poderia ser a profissão do remetente desta carta?”
Uma miúda de 10.º ano pensou, relacionou caixotes com passar a fronteira, relacionou passar a fronteira com chegar a França… e chegou à brilhante conclusão que o nosso José Maria só poderia ser camionista!


Maria Ortigão

Declaração de amor...

«... Ela, dentro de mim, dizia-me amor. Chamava-me. Amor. Olhava com olhos preocupados. Olhei-a e fui eu que lhe disse não te preocupes. Disse-lhe hoje sei que não serás mais minha do que já és, porque és tantos, porque se não fosse o teu rosto seria muito mais infeliz, pois seria ignorante, porque se não fosse o teu olhar, não conheceria a beleza e chamaria belo ao que apenas é indiferente. Disse-lhe hoje sei que és absolutamente minha, porque te escrevo, porque te vejo, porque estás dentro de mim, e essa distância insuperável é um passo pequeno que dou sem sentir. Disse-lhe hoje sei que te amo.»
in "Uma Casa na Escuridão", José Luis Peixoto. Temas e Debates, 2002, 85p.
M. Q.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Resposta

O meu problema é que apesar de se conseguir extrair, concordar, gostar de algumas partes... (pequenas) -se considero que tenho o Livro do Desassossego todo sublinhado (mas como comparar com F. Pessoa?!)- não é suficiente para ler o livro até ao fim, para gostar de tudo, apreciar a obra, o autor ou estilo. Porque não citou as partes referentes a Invasão encontradas no livro "Uma Casa na Escuridão"? São essas que me tornam a leitura complicada, que não compreendo e não gosto; já sei que a vida em si consegue ser muito pior, que se prefiro viver como as avestruzes tudo bem... Conclui que leio para passar o tempo, me divertir, aprender e por isso não preciso de me submeter a essas narrativas; é como tudo na vida: se não gosto não há drama, não vem daí mal ao mundo!
P.S.: Ainda bem que as suas citações não retiraram suspresa a um dos meus futuros posts.
M. Q.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

O MELHOR DO MUNDO SÃO AS CRIANÇAS



Fui à casa de banho de um estabelecimento comercial. À minha frente, ia uma senhora com o seu filho de 7/8 anos. A mãe queria levar o rapaz à casa de banho das senhoras, mas ele não queria.
— Anda! Não está aqui ninguém. – dizia a mãe.
— Não quero ir à casa de banho das mulheres. Não sou “gay”! – respondeu o miúdo.


Maria Ortigão

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Isto é só para dizer

que eu também não gosto do José Luis Peixoto; é que andava eu a sentir-me muito mal porque não aprecio o estilo: tudo muito moderno, muito sangue, essas alegorias ou metáforas, porque quando nos deparamos com absurdos tentamos encaixá-los em algum lado... e encontro aqui quem também não goste do homem-da sua escrita/estilo..., o que me da uma sensação de alívio, integração... não que eu precise de me snetir acompanhada para gostar ou deixar de gostar... mas estava-me sentindo alienada por não apreciar tal "génio", em fim... vou a meio do livro, que vou tentar ler até ao fim (porque sempre que começo de onde parei, tenho-o lido todos os dias!, apetece-me deixá-lo...) para ver se percebo, ou encontro justificativa para essas palavras;
Mesmo os poemas... anda uma pessoa esmagada com tudo o que aprende na escola, achando-se incapaz e afinal aprendi na vida que é tudo uma questão de convencer os outros de que és bom, que és diferente, que tens iniciativa e que essa "diferença" não é falta de talento, suponho que a perceberância seja um talento...
Mas às palavras citadas pela Leonor reconheço "beleza" e mais, do livro que estou a ler "Uma casa na Escuridão" retirei um excerto, que partilharei brevemente que fez como que ter lido o livro não fosse em vão.
M.Q.

O Inventão

«Uma coisa que me põe triste
é que não exista o que não existe.
(Se é que não existe, e isto é tudo o que existe!)
Há tantas coisas bonitas que não há:
coisas que não há, gente que não há:
bichos que já houve e já não há,
livros por ler, coisas por ver,
feitos desfeitos, outros feitos por fazer,
pessoas tão boas ainda por nascer
e outras que morreram a tanto tempo!
Tantas lembranças de que não me lembro
sítios que não sei, invenções que não invento,
gente de vidro e de vento, paises por achar,
paisagens, plantas, jardins de ar,
tudo o que eu não posso imaginar
porque se o imaginasse já existia
embora num sitio onde só eu ia...»


Às vezes é assim, saimos para comprar pão e levamos com poesia, numa bela iniciativa, de não sei qual organização, as sacas da padaria eram impressas com poemas portugueses, só três ao que parece, mas suficientes para fazer a diferença, este é de Manuel António Pina, "O Inventão", Lisboa: Afrontamento, 1987. 77 p.
O negrito é meu, talvez o meu verso favorito nesta composição.
M.Q.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

2 de Fevereiro Dia Mundial

das zonas húmidas... é verdade!
Vá, tirem esse sorrisinho malicioso da cara.

Zonas Húmidas - "áreas de pântano, charco, turfa ou água, natural ou artificial, permanente ou temporária, com água estagnada ou corrente, doce salobra ou salgada, incluindo áreas de água marítima com menos de seis metros de profundidade na maré baixa" (Convenção de Ramsar). Mais.


M.Q.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

A MORTE DA VIDA


Milosevic morreu na prisão, antes de ouvir a sentença do tribunal.

Pinochet morreu, antes de ir a tribunal.
Hussein foi morto, de acordo com uma bárbara sentença.
Fidel nunca mais morre.
Salazar, depois de morto, é considerado um dos dez maiores portugueses.
A morte é injusta.
Maria Ortigão

Quem se lembra(va)?

Ontem não foi só o dia do aniversário de Eusébio...


M.Q.

O mais emblemático evento cultural do Porto...

terça-feira, janeiro 23, 2007

Adenda: Divulgação cultural

Pois é, até nem se "adenda" nada, porque não há informações sobre o quadro na página e a exposição ja não tinha os quadros todos expostos, por isso vão ficando com a curiosidade, logo se descobre o autor... Fica a partilha de tal mistura de cores.
M.Q.

domingo, janeiro 21, 2007

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Divulgação cultural


Desconheço o autor do quadro, domingo vou reparar nele ao vivo e depois colmato a lacuna.



Manuela.