terça-feira, julho 19, 2005

Aquilo que só acontece nos filmes

Saimos do bar e fomos até aos carros, um deles tinha sido roubado. Estragaram as portas e levara o rádio. Telefonamos à polícia!
- Onde estão?
- Na rua X.
- Ah! Mas isso pertence a outra freguesia, têm que telefonar para o posto de lá.
- Pode dar-nos o número?!
Deu. Ligamos. Aparecem nas calmas. Quem é a dona do carro, o que levaram?
- Nós não tocamos nada.
- Ah, pode entrar não se preocupe.
- Pode apresentar queixa no posto. Mas agora só segunda feira, não vale a pena ir agora ou amanhã. Sabe, se fosse uma emergência... quer que façamos o quê? Pergunta o agente. Apanhá-los, pois. Quem foi? Não se sabe!
E assim, contactamos com a displicência habitual das forças de segurança. Dois gajos, nas calmas, que não preencheram sequer um papel. E que nos deram um banho de realidade: Apanhá-los!
Pergunto eu: a pessoa a quem telefonamos primeiro, não podia ficar com os dados e transmitir a quem de direito?
Mais, se lhe roubarem o carro ao fim de semana, não vá até um posto da GNR mesmo que seja o mais próximo, vá directamente à PSP mais próxima, porque nos postos a ocorrência fica à espera pela segunda feira. Recomendação de vários agentes.
Se lhe roubam o veículo pela segunda vez, esteja atento e ajude o agente a preencher os papeis, foi o que nós fizemos, porque ele não sabia.
E, se lhe roubarem a loja, não espere que eles tirem impressões digitais, porque não o fazem. E vá directamente à feira "da Bandoma" lá do sítio se quer recuperar alguma coisa, foi o que o agente disse.
O crime compensa! Deviam empenhar-se para delitos menores com a mesma gana com que pretendem caçar os culpados de atentados contra colegas.
Como pretendem que estás pessoas não fujam aos impostos? Se os valúrdios que pagam não lhes conferem garantias?
Manuela Queirós.

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