segunda-feira, junho 13, 2005

Manifesto

Lá porque nos insurgimos contra uma guerra (neste caso o Iraque- 'tou tão farta disto!) baseada em mentiras fomos promovidas a porteiras de campo de concentração na Sibéria. Fomos sempre brindadas com "os piores" adjectivos. Sou acima de tudo sonhadora, utópica mesmo, ainda que a ideia da palavra e o conceito remetam para impossíveis.
-Que o sonho não constrói, é preciso medidas concretas!
- O que seria de nós sem o sonho?!
«... I wish i was a neutron bomb... for one i could go off (...) i wish i was a messenger and all the news was good...» Pearl Jam. Just Rock!
O texto de Antonio Barreto faz uma constatação de factos acerca da Educação; muito bem, conclusões aceites; até algumas sugestões como «Fim do concurso nacional de professores-falta a alternativa, o que falta mesmo é a garantia de honestidade para contratações-, Privatização considerável das escolas»- já referi a importância de maior autonomia e de integração da comunidade... a tal competição saudável é louvável... mas o que defendo sempre é a igualdade (de oportunidades até), liberdade... o que mais abomino é a ideia de que uns são de factos melhores que outros- por isso não sou monárquica- (em condições desiguais ainda por cima, sem os mesmos recursos- qualquer pessoa sabe que essa experiência está viciada à partida), abandonar a ideia de poder construir uma sociedade sem "senhores"... Texto repetitivo com fraco vocabulário? É porque a igualdade é mesmo importante!
Li, reli, a secção gramatical da Maria e não percebo a razão de tanto fel. É porque ela goza através dos seus comentários?! Está bem, isso é pouco católico, mas se há uma coisa que nós não somos, muito menos pretendemos ser, é católicas! Já disse à Cristina, não acho, de todo, que a Maria faça do dicionário um bicho-papão. ( Comentário pessoal, talvez despropositado: ) -> Aliás não há livro mais fácil de consultar que um dicionário, já interiorizar a gramática tem outras nuances. As correções são sempre necessárias, passamos a falar melhor, o que nunca pode ser mau. [ É preciso- eis o tom de empreendiento napoleónico- corrigir todos aqueles que ainda dizem "prontos" e "destrocar"]. Pode não se gostar de ser corrigido, mas isso fica entre os dois intervenientes: ou aceitam, proibem ou andam a porrada. Se alguém que anda por aí concorda que não podem ser ignoradas... têm que ser ensinadas. Pode replicar que não é uma secção gramatical educativa, pois de aqui vai a sugestão: Maria, amiga, escolhe uma regra gramatical- de aquelas que a maioria erra- e devasta-a. António: «As preocupações gramaticais da pobre Ortigão aproximam-se visivelmente da loucura.»!!! BUHHH! Mas como sou generosa, e citar Pessoa é sempre bom... eis: « ... a gramática é um instrumento, e não uma lei.» (in Livro do Desassossego, texto 84) É claro que a Maria já a conhece. Mas se querem tanto rigor, não há nada mais rigoroso que o "rigor mortis"* dos cadáveres!
Para mim a arte, manifestações artísiticas,etc., para mim!, não têm direcção; naturalmente que se estamos a combater alguma coisa, são os que se identificam connosco, os que nos tocam, que se aproximam do que sentimos que fica gravado. Não são «tiradas pseudo-revolucionárias com a lagrimazinha ao canto do olho», são versos! Isto é uma verdade: «Ser pobrezinho e honesto,É maior honestidade.» e depois?
M.Q.

* Expressão latina à confirmar.

1 comentário:

Anónimo disse...

De facto despropositado...