segunda-feira, junho 13, 2005

O dia em que eu nasci, moura e pereça,
Não o queira jamis o tempo dar,
Não torne mais ao mundo, e, se tornar,
Eclipse nesse passo o Sol padeça.


A Luz lhe falte, o Sol se lhe escureça,
Mostre o mundo sinais de acabar,
Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
A mãe ao próprio filho não conheça.


As pessoas pasmadas, de ignorantes,
As lágrimas no rosto, a cor perdida.
Cuidem que o mundo já se destruiu.


Ó gente temerosa, não te eespantes,
Que este dia deitou ao mundo a vida
Mais desgraçada que jamais se viu!

M.Q.

1 comentário:

Anónimo disse...

A Crítica actual encontrou fortes razões para crer que este poema NÃO É DE CAMÕES. Leiam Vítor Aguiar e Silva, "Camões: Labirintos e Fascínios"