segunda-feira, abril 11, 2005

Res-post-a

Leio e respondo:
Não há em nós anti-americanismo! O que se critica é a incoerência. Se outro país, o X, estivesse em conflito bélico e depois condenasse a eutanásia com o argumento pró-vida, o presidente desse país seria o X Idiot.
Pró-vida? Não insistem eles em manter/praticar a pena de morte?! É claro que sei que as incoerências não são só na América. Mas, são (e outras) as que chegam até nós. (Contrapartida do poderio américano?; assim como as figuras públicas, vêem, a sua política discutida). Fique sabendo que a "burka" e a condição feminina no "Médio Oriente" aflige-me de igual modo, assim como, as atrocidades cometidas pelo "governo" de Saddam ou a falta de coletes anti-bala que poderia ter salvo a vida dos agentes portugueses.
Leia assim, e estará a ler mal. É de incoerências que se trata; não de atacar o Presidente dos E.U.A por sê-lo, mas pelas suas atitudes, e nunca os americanos!

Imagino...
«"farpas xxi" se declara pelo "sim". Imagine que alguém, em tom jocoso, diria algo como: "farpas xxi" apoia a liberalização do aborto, e "farpas xxi" é pela vida!»
Primeira resposta/reacção?!: Mas vida é também a da mãe! Não só o acto de nascer. Ter uma existência proporcionada por afecto e conforto material (não luxo!)- e esta parte é muito discutível, afinal, os "pobres" não andam pr'aí a reinvindicar o direito a a terem sido abortados; lutam!- Há sempre a adopção, é certo. Sou a favor! ( Sou a favor que cada um faça o que lhe apetece! Respeitando Liberdade(s) Individuai(s) )
Chamar idiota a um Presidente? Insultar uma pessoa será sempre uma falta de respeito. Não considero grave? Culpada de banalização devo ser.
Acha mesmo que se democratiza "a punta de balas"? Exportável, sim! Prefiro a Educação. Você sabe, (agora responda você con sinceridade!) que todo esse dinheiro seria mais bem empreguado pela via da instrução/ educação. (Até seria mais barato!) Demorará gerações!...
Farta de ler post anteriores, não me lembro de se ter dito que «os de direita fossem pela morte ou insensíveis». Quanto, ao «só querem guerra»...admito a retirada do «só» -Piada! O facto é q a fizeram! E não esgotaram todas as vias pacíficas! Quem procurou uma «desculpa» para "estimular" a economia, o desenvolvimento tecnológico e distrair os americanos foi ele.
Se "os americanos" são exímios em serviços secretos, porque não matar com "uma única bala" os ditadores? - E isto seria contra o "direito à vida"! Porquê destruir as, já de si, precárias infraestruturas de um país "pobre"?
«Paragem cerebral» resulta da liberdade artística do blogista. Já sei que vai replicar o adjectivo. A Maria faz rir?! Não conocordo com o seu humor.

Pong!

Manuela Q.

1 comentário:

Anónimo disse...

Como lhe disse, cheguei ao vosso blogue meio por acaso, através do comando "next blog", e fui ficando. Por isso, e por gostar de um debate de ideias, respondo-lhe desde já.
Diz a Manuela, a proósito da minha questão algo provocatória sobre o aborto, que a vida da mãe também é vida. Pois é, Manuela, é certo, e isso reenvia-nos para uma coisa que se chama contextualização de valores. Ou seja: eu, contrário à liberalização do aborto, sou pela vida; a Manuela, favorável também é pela vida. Da mesma forma, o pacifismo estreme não é a única forma de se ser pela vida ou até pela paz. Repare: na segunda guerra mundial, p.ex., das duas uma: ou a Europa se vergava ao fascismo, ou pegava em armas e lutava. Há guerras justas, e isto, que , de resto, já vem, por exemplo, de São Tomás de Aquino, leva-nos direitinho ao Iraque. Discuta-se a legitimidade da Guerra, mas não se diga, maniqueistamente, que quem apoiou aquela guerra era contra a vida. A defesa de uma Nação em perigo, ou a luta pela instauração de um regime democrático podem legitimar uma guerra - eu acredito nisto. Logo, a sua amiga não tem razão ao dizer que uma intervenção no Iraque e o combate à Eutanásia são, em absoluto, contraditórios. Não são. Como não são contraditórios ser pela liberalização do aborto e ser pela vida. Trata-se de perceber que os valores são contextualizáveis e relativizáveis, vocabulário que, de resto, parece estar próximo da Esquerda intelectual. Agora, quanto ao dizer (ou insinuar) que o vosso blogue apontaria incoerências a outros Países da mesma forma, desculpe, mas não acredito. Posso estar viciado por uma certa Esquerda acéfala e cavernícola, que não será a vossa, mas o facto é que não consigo. Podia alongar-me nisto, mas não quero. Faço apenas notar que a mim, não sei se por ser de Direita, nunca me caíram bem apelidos como os de "idiota" ou "liberdades artísticas" afins. Sobretudo vindas de quem, como creio ser o vosso caso, não tem responsabilidades governativas. A única vantagem que veja nisso (irónica) é que me vejo autorizado, no futuro, por "liberdade artística" a apelidar, por exemplo, Franciso Louçã, de pregador de meia tigela, ou a filosofia marxista-leninista de trágica palhaçada. Que palhaçada é, e trágica, infelizmente, também. Percebe o que eu quero dizer? Voltando a falar a sério, digo-lhe que, infelizmente, penso que são raros na História os momentos em que a educação, por si, mudou o mundo, recomendo-lhe dois artigos de António Barreto (insuspeito de ser de Direita!), no Público de 5 e 6 de Setembro de 2004, sobre o falhanço das esperanças na educação. Repare: a élite da extrema-direita ou da extrema-esquerda são, uma e outra, cheias de educação, com cursos superiores e boa cultura geral. "Mein Kampf" e os livros de Stalin estão muito bem escritos. E há analfabetos insuspeitos de violências. NOTE: não contesto a importãncia da educação. Mas não a erijo em arma contra todos os males. Em parte, porque sou de Direita, não acredito em Utopias e acho-as extremamente repressivas - porque o Homem não é igual, a igualidade absoluta só pode ser maléfica.
Dito isto, se não quiser continuar a ocupar "farpas xxi" com polémicas, escreva para "as2956911@sapo.pt".
Saudações realmente cordias

Ping!
P.S: Parabéns pelo título do post, ele sim artístico