Uma vez por mês, almoço com um grupo de crianças que é muito especial para mim. Durante o repasto, temos por hábito recordar os bons velhos tempos, analisar o conturbado presente e fazer planos para um futuro melhor. Tudo entrecortado por sinceras gargalhadas e momentos inesquecíveis.
No último almoço, fiquei ao lado de um rapaz que tem a fama e o proveito de ser o mais baixinho do grupo, com todas as consequências inerentes a este “pequeno” pormenor. Foi, então, que ao lançar um olhar mais atento, reparei que o menino já se estava a transformar num homenzinho, pois tinha um daqueles bigoditos pré-adolescentes. Não resisti ao encanto daquelas pilosidades e disse-lhe:
— Já estás a ficar um homem! Tens aí um grande bigode!
Ao que ele replicou, muito calmamente:
— Se acha que o meu bigode é grande, devia ver o da “stora” de Físico-Química!
Maria Ortigão
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