No passado domingo, li, no editorial da “Notícias Magazine”, um texto bastante depreciativo em relação ao povo espanhol. A directora daquela revista queixava-se, entre outras coisas, da má educação e da má vontade dos empregados espanhóis. Eu pergunto: Quando foi a última vez que, em Portugal, a senhora directora se dirigiu ao balcão de atendimento de uma qualquer repartição pública? E a uma secretaria de um qualquer estabelecimento? Embora se note alguma melhoria em competência e em cordialidade, penso que o défice de boas maneiras não se restringe apenas a Castela, é, aliás, um fenómeno altamente ibérico.
Numa coisa estou plenamente de acordo e passo a citá-la: “… o castelhano é uma língua de trapos…” Pior, com tanta sibilante, deve mesmo ser a língua que expele mais perdigotos por metro cúbico. Facto que é subaproveitado, senão vejamos: em vez de se andar a largar compostos químicos nas nuvens para fazer chover, bastava reunir um punhado de espanhóis, distribui-lo pelas maiores barragens de Portugal e deixá-lo falar. Em breve, o nível de água iria subir e acabava a seca.
Nesse mesmo dia à noite, ouvi pela rádio a consagração da Naide Gomes como campeã europeia de salto em comprimento em pista coberta. Depois de distribuídos as medalhas e os beijinhos da praxe, chegava a hora de ouvir o hino. Estava eu a trautear “A Portuguesa”, já ia no “esplendor de Portugal”, quando a música salta para “às armas”! Os nossos “egrégios avós” tinham desaparecido! Já estariam a dormir? Afinal, eram 22 horas. Teriam sido raptados por terroristas iraquianos? Não, os nossos queridos irmão cortaram o hino português. Como não conseguiram tirar-nos a medalha de ouro, resolveram reduzir um dos nossos maiores símbolos.
Andou um homem a prender a própria mãe para isto! Onde está a padeira de Aljubarrota quando precisamos dela?
Maria Ortigão
Numa coisa estou plenamente de acordo e passo a citá-la: “… o castelhano é uma língua de trapos…” Pior, com tanta sibilante, deve mesmo ser a língua que expele mais perdigotos por metro cúbico. Facto que é subaproveitado, senão vejamos: em vez de se andar a largar compostos químicos nas nuvens para fazer chover, bastava reunir um punhado de espanhóis, distribui-lo pelas maiores barragens de Portugal e deixá-lo falar. Em breve, o nível de água iria subir e acabava a seca.
Nesse mesmo dia à noite, ouvi pela rádio a consagração da Naide Gomes como campeã europeia de salto em comprimento em pista coberta. Depois de distribuídos as medalhas e os beijinhos da praxe, chegava a hora de ouvir o hino. Estava eu a trautear “A Portuguesa”, já ia no “esplendor de Portugal”, quando a música salta para “às armas”! Os nossos “egrégios avós” tinham desaparecido! Já estariam a dormir? Afinal, eram 22 horas. Teriam sido raptados por terroristas iraquianos? Não, os nossos queridos irmão cortaram o hino português. Como não conseguiram tirar-nos a medalha de ouro, resolveram reduzir um dos nossos maiores símbolos.
Andou um homem a prender a própria mãe para isto! Onde está a padeira de Aljubarrota quando precisamos dela?
Maria Ortigão
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