As traseiras da minha casa dão para um pequeno campo que, de vez em quando, serve de pastoreio a vacas e cavalos. Assim, em algumas Primaveras, posso ver bezerros e potros a saltitarem, tão fofinhos! Este ano, com pena, não houve bebés a quem dar uma couve ou uma cenoura, mas os adultos são igualmente engraçados.
A vaca, com a precisão de um relógio suíço, às 18 horas, dá uns valentes mugidos que ecoam bem alto, reclamando água do dono. Ele traz, então, um balde com o precioso líquido ou encaminha a bichinha para um riacho que passa lá perto.
A égua, que me calhou este ano, é um equídeo muito pacato e sossegadinho em comparação com os do passado. Mas, certo dia, estava bastante agitada. Seria do calor? Também teria sede? Curiosa, fiquei a observar o que ela fazia. Encaminhou-se ligeirinha para um monte de silvas, virou-lhe o rabo e toca a balançar-se, direita-esquerda-esquerda-direita… Portanto, como tinha comichões no traseiro e lá não chegava, inteligentemente, procurou maneira de resolver o seu problema: roçar o rabiosque continuamente contra os espinhos de uma planta para, desta maneira, aliviar a urticária.
Animais irracionais, “my ass”!
Maria Ortigão
1 comentário:
BELO FINAL!
Enviar um comentário