Da cor do limão;
Assim são os olhos
Do teu coração.
Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.
Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendeis:
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.
Luís Vaz de Camões, Lírica I
1 comentário:
Mais uma homengagem ao principe dos poetas lusitanos:
"Verdade, Amor, Razão, Merecimento
qualquer alma farão segura e forte;
porém, fortuna, caso, tempo e sorte
têm do confuso mundo o regimento."
1ª Estrofe de um seu Soneto
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