quarta-feira, abril 13, 2005

"Fogo" cruzado (ora bolas que me faltou o titulo.Uma pérola!)

Leio «pacifismo extremo» e penso: pacifismo (simplesmente); espera aí, pacifismo não. Antiguerrismo! Não hipótese de concordarmos quanto ao Iraque. Não é justa! Não, ao "Eixo de mal".
Já pensou que se a América não fosse tão "metediça" muito de tudo isto não se teria passado?! E que quanto invasor pode ser considerada como parte de um eixo similar?! Esses países do Médio-Oriente não estão prontos começar uma democracia. Pré-conceito, paternalismo? A democracia tem que nascer de um processo de amadurecimento. E, os perigos que essas "democratizações" acarretam para os outros paises?
É claro que era preciso deter o avanço do nazismo (que escrevo com minúscula, propositadamente). E sabia você, que se os "Aliados" tivessem tomado uma atitude mais firme e mais cedo, o Holocausto (como o conhecemos) poderia ter sido evitado? Se eles não tivessem aguardado "pacientemente" que, no fim de mais uma invasão, os apetites ficassem saciados. Grande desilusão!
Se me deixar ser chata, Não há guerras justas! E as guerras são sempre contra a vida. São, é certo, um caminho rápido, que usamos frequentemente, mas que de facto deveriamos erradicar.
Eu continuo a achar contraditório (eutanásia-guerra). No aborto: é certo que um embrião é vida no sentido celular, mas confesso que me é mais fácil aceitar um aborto ao sofrimento de uma criança que vê a sua família e aldeia destruida (talvez um ponto de vista tendencioso). E a legalização tem de servir para evitar uma aspiração brutal esquartejante.
Acho injusto que diga que não apontariamos as incoerências dos outros. Até descabido, não se sinta ofendido. Mas justiça é um valor que prezo muito. Ainda bem que reconhece a sua incapacidade de separar o trigo do joio. (Gostei do «cavernícola»). Quer saber, não poderia pertencer a um PCP enquanto organização estanque que puniu alguns dos seus elementos. Assim como achamos ridículo o "argumento paternalista" de F. Louçã contra P. Portas.
Educação: para o respeito, para os Direitos Humanos, para o cooperativismo (que nada tem a ver com os princípios de esquerda) mas com a interação entre a escola, o posto de saúde e a junta de freguesia... para responsabilizar o indivíduo enquanto cidadão e torná-lo consciente dos seus direitos e deveres. Se calhar, o que falta as elites é "trabalho de campo". O argumento dos livros não acho válido, porque, o que importa não é a correção gramátical mas o conteúdo livre de violência e desigualdades.
A educação tem de funcionar como vínculo social. De acordo que o Homem não é todo igual, e que pode ser maléfica a igualdade. Mas isto também serve para replicar a "democratização" E já lhe disse que sou contra os horrores do "regime", mas o que fazer?! I'm a dreamer!

P.S.: Obrigada pelo reconhecimento artístico.


E ainda:
Certo que a pena de morte -argumento que já usei- é federal; mas ele não a aboliu e (ou) até aplicou;
Não tomaram o Iraque em 1991 porque não conseguiram!? 11 de Setembro? Já declinei o eixo do mal, o Afganistão não é Iraque. Já dei legitimidade ao sentimento de vingança ou acto de resposta. Iraque, por uma atitude de afirmação e vingança já que o pai não consegui. Armas biológicas-químicas grande mentira e foi essa "a" razão para a invasão. Empresas europeias também são oportunistas. Petróleo, sim! Assim que, Chavez-presindente da "República Bolivariana" de Venezuela,lhe cortar o forneciento e deixar de estar nas graças do povo, ele ataca esse esquerdista demagogo. América: passai a usar mais energias renováveis: solar, eólica...e deixem os Jeep's na garagem. A igreja (católica) não é santa "que se cheire": Cruzadas: invasões justificadas através da difusão da mensagem, que aumentou o seu poderio e riqueza.
África: A culpa é sim, em grande parte do Colonizador, que não os preparou, que os usou e lhe deu maus exemplos de administração que os "naturais" que ocupam cargos elevados perpetuam ate hoje, entre outras razões socio-culturais próprias do continente africano. E mesmo, que não seja, de facto, a Europa não tem ajudado o seu irmão do meio a desenvolver-se. Mas naturalmente sou contra a violência que significou retornar à Metrópole, deixando toda uma, várias vidas (e propriedades). Pessoas que amam África e até hoje sonham com elas, assim como os problemas que os fazendeiros brancos enfrenta(ra)m recentemente. Culpado é, quem tem a possibilidade de intervir e fica à espera de melhores dividendos. «Protecionismo europeu?!» Faz-me lembrar que P. Portas quis-nos proteger do desemprego fechando as fronteiras aos emigrantes do Leste que querem trabalhar... Sim. já sei que há máfias. Sou contra esses subsídios! Do "rendimento mínimo", no nosso caso. E aprovei aquela idéia- da Direita em campanha- de que essas pessoas deveriam contribuir com algum trabalho nas freguesias em vez de ficar em casa fazendo "nada". -Da esplanada que frequento no domingo à tarde a praia parece uma mini-lixeira.

Medicamentos: Naturalmente que se vou à farmácia é porque preciso; mas que apliquem então "a taxa" de acordo com o pedido do cliente. Mas, a mim, parece-me que qualquer pessoa tem o direito de ir buscar uma escova de dentes às 3h da manhã! E se precisar realmente da escova, porque chegou à cidade e deixou a dele em casa...? Se puserem um técnico no supermercado, porreiro! menos um desempregado talvez! (Embora essa área parece não sofrer). Se não, já disse, pode ser que as pessoas passem a ler as recomendações e aumenta-se o nível cultural, ou... Se o Zé de Bragança tiver razão e os medicamnetos no supermercado for uma cedência a outros lobbies económicos acho degradante. Mas, desde que seja mais barato... Leave my money alone!
M.Q.

3 comentários:

Anónimo disse...

O Sr. Doutor António de Oliveira Salazar passou 50 anos a dizer que os portugueses não estavam preparados para a Democracia, coisa que o Sr. Doutor Cunhal foi insinuando também depois do 25 de Abril. Pior que esse argumento, só insinuar que os americanos mereceram o 11 de Setembro, porque são metedições e aquilo dos aviões foi muito bem feito! A Manuela usou os dois argumentos.
Os Americanos também são metediços quando são o País que mais contribí financeiramente para as diversas instituições da ONU? Talvez. Talvez seja mesmo melhor deixar de ser metediços. E retirarem os seus exércitos e os seus subsídios do mundo inteiro.

Anónimo disse...

Quanto à Igreja, deixe-me dizer-lhe isto: a Esquerda acha um piadão falar mal da Igreja, incluíndo as Cruzadas, como se elas fossem da resposabilidade dos católicos actuais. Mas faz ar de prima dona ofendida quando se lhe lembra que o Lenisnismo, o Estalinismo, as purgas e os fuzilamentos na Sibéria são de Esquerda. Demagogia por demagogia, não sei quem estará melhor, e o século XII está mais longe dos que os anos 80, em que o Dr. Louçã pregava as virtudes do Socialismo Albanês...

Anónimo disse...

"E sabia você, que se os "Aliados" tivessem tomado uma atitude mais firme e mais cedo, o Holocausto (como o conhecemos) poderia ter sido evitado? Se eles não tivessem aguardado "pacientemente" que, no fim de mais uma invasão, os apetites ficassem saciados. Grande desilusão!"

Sabia, e concordo! Ena, "fapras xxi", ou, pelo menos, Manuela Queirós, às vezes também defende a teoria da Guerra preventiva...