Contextualização: Por necessidade, pois o Virgílio Ferreira que me acompanhava nestes dias encontrava-se ausente, e por impulso de consumo, lá comprei a National Geographic. Ainda hesitei, mais futebol?!
Insurjo-me contra todos aqueles que colocam o futebol num altar enquanto derramam verborreia nas páginas de revistas e jornais, ousando descrevê-lo como o resultado de um «bailado-cósmico-supremo». (Terei eu acabado de fazer o mesmo?! Ilustração! Pura ilustração.) Uma questão de paixão, suponho. ...Palavras de amor, ridículas são...
É o lugar do futebol nisto tudo o que realmente me incomoda. (Neste momento, estão esquecidos: ordenados astronómicos, prémios?! e obras obsoletas.)
Apaguem os holofotes, cesse-se o bombardeamento mediático, fechem-se as torneiras das multinacionais e o futebol continuaria sendo um "catalisador" de povos e culturas?! Tenho a certeza que não; um pensamento à La Palisse: «o que desconhecemos não existe». Poucos "fenómenos" ultrapassam fronteiras por si só.
«Afinal a universalidade do futebol deve-se à sua simplicidade, ao facto de o jogo poder ser praticado em qualquer superfície, em qualquer clima, em qualquer região e com qualquer coisa. Na cidade, as crianças dão pontapés em latas ou no cimento; no campo, os miudos pontapeiam uma bola de trapos jogando em terra, de pé descalço. (...)» Sean Wilsey, na publicação já referida.
Quem escreve assim, escreve com paixão, mas não sabemos nós que ela cega?
Quem escreve assim, tem a visão limitada porque nunca viu crianças que fazem bolas de baseball de qualquer coisa é certo, e que na ausência de um taco batem a bola com o punho cerrado e correm para as bases numa equipa de dois elementos. Ou crianças tentando encestar num quadrado imaginário numa parede qualquer; e o que dizer dos dribles?!
Porque o Mundial deve ser uma festa, não a festa.
Manuela Quierós.
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